Campos do Jordão: naturalmente charmosa e repleta de atratividades

Quando bem pequena fui à Campos do Jordão com meus pais, mas é claro que não lembro nada.

Depois fui em visita técnica com a faculdade e lembro que fiquei hospedada em um albergue e visitei o Horto Florestal apenas.

A seguir fui como auxiliar de guia de turismo quando trabalhava no Sesc e me recordo de circular no centro de Capivari, jantar em um bom restaurante italiano e ter ficado no Parque Hotel.

Sentindo o clima romântico do destino, estive com meu então namorado e hoje marido em um chalé de inverno e fomos até a Pedra do Baú. 

Como professora acompanhante fiquei alojada no município vizinho, Santo Antônio do Pinhal, por ter estada mais econômica e fiz uma visita de campo com meus alunos da FMU pelo Palácio Boa Vista, Auditório Claudio Santoro e Museu Felícia Leirner, além claro da Baden Baden no by night.

Também com alunos, só que do curso técnico da ETESP, fiz um excursionismo com um city geral pelo centro turístico da localidade, praticamente na mesma época.

Retornei anos depois, porém não fiz nenhum passeio pela cidade, pois participei do evento "Alunos no Comando" organizado pelo Senac, em que os alunos administram o hotel cinco estrelas por um final de semana e, por isso, fiquei com minha família, colegas docentes e discentes dentro do Hotel Escola Senac Campos do Jordão.

Entretanto, desta vez, em férias com meu esposo e casal  de filhos, passei um período mais longo de uma semana e pude conhecer melhor a destinação.

Fiquei hospedada no Hotel Leão da Montanha: Não esperava tanto pelo local e ainda mais em alta temporada. No entanto e felizmente eu me surpreendi.
A localização é perfeita, perto do centro de Capivari. Dá para ir a pé, mas é melhor se locomover com o carro porque a ladeira da subida não é tão tranquila.
Os quartos são amplos, com adequada calefação e limpeza. O chuveiro é maravilhoso !
Possui uma deliciosa piscina aquecida, sauna e sala de jogos, além de brinquedoteca e playground para as crianças.
O café da manhã é completo e aos finais de semana fazem tapiocas, crepes e waffles fantásticos !
O atendimento é gentil e eficiente.
Realmente vale muito a pena se hospedar neste hotel que pode ser antigo e não ostenta nada, mas preenche totalmente as necessidades dos hóspedes.

Dica de quarto: Vale a pena pagar um pouco mais para ficar com a vista para as montanhas.

 

 

Além do famoso passeio de teleférico no Morro do Elefante, da cerveja na Baden Baden, das compras de malhas no centrinho de Capivari, tomar chocolate quente (ou choconhaque), comer chocolates e fondue,  apreciar o desfile de pessoas ricas (e outras que se acham ou querem se mostrar de tal forma) e a arquitetura e fauna típicas, existem outras atividades para se fazer na intitulada "Suíça Brasileira". 

    

  

Nem tinha ouvido falar do "Amantikir" - um lugar incrível com o slogan "jardins que falam" ... Vale a pena pagar R$ 30 o ingresso para conhecer os diversos espaços naturais repletos de flora diversificada compondo belíssimos jardins inspirados em várias partes do mundo. Há passeio monitorado, mas muito rápido. Há até um labirinto de árvores que consegui me perder e um encantador espaço japonês. Curioso é um local com um formato de moldura que rende uma bonita foto como um quadro. Aliás, o local todo propicia fotos com os mais diversificados modelos e coloridos. 

 

 

Próximo ao Amantikir há um lugar para pesca de truta estilo "pesque e pague" - Pesqueiro "Truta Azul". Você pode levar os peixes ou pedir para que o façam na hora para você se deliciar ali mesmo. Não pode devolver. Nunca vi tamanha facilidade para se pescar. É só colocar a vara e em segundos qualquer um fisga um peixão !

 

 

 

 

Também visitei o Horto Florestal ou Parque Estadual : um lugar simplesmente magnífico. Dá para passar o dia inteiro lá. Recomendado tanto para casais, famílias com crianças e até idosos. A natureza está exuberante, pois trata-se de um dos maiores parques do estado de São Paulo. Há diversos tipos de trilhas para todos os perfis, playgrounds, centro de exposições, locais para picnics, trenzinho e lojas de souvenires. Cada um faz o que quiser neste contato intenso com a natureza. Para fechar o almoço no restaurante "Dona Chica", que é simplesmente sensacional, não tem nada melhor. O lugar é repleto de redes e sofás, com mesas ao ar livre e um espaço com brinquedos naturais até para adultos (como pernas de pau). A comida é totalmente saborosa, com opções vegetarianas e até veganas, prezando pela sustentabilidade e ingredientes orgânicos. O atendimento é ótimo e o preço mediano, mas vale cada centavo.  

 

 

Ducha de Prata - Um local pequeno e sem graça, com cachoeiras artificiais e comércio de malhas com altos preços e pouca variedade, além de alguns estabelecimentos de chocolates. Está muito mal conservado. A única atividade legal é o arvorismo com a tirolesa, com preço razoável: R$ 20.

 

 

Passeio de Bonde Turístico - Existe o passeio que vai até Santo Antônio do Pinhal, que é nostálgico e passa por belas paisagens. Porém, o bonde faz um trajeto  curto (50 minutos ida e volta) até o portal da cidade, partindo do centro de Capivari, passando pelos  outros bairros da cidade. Porém, falta o básico: explicações dos locais ! Não há sequer um aúdio abordando características dos locais por onde se passa ... É bem pequeno e deve ser reservado com antecedência, embora tenha frequência de hora em hora. Pelo menos custa apenas R$ 14 por pessoa. Poderia ser mais interessante.

Pico do Itapeva: O acesso é fácil e rápido, feito a partir do Capivari por estrada bem asfaltada. Antes de chegar há um lago muito bonito. Não há nenhuma infraestrutura no local, lotado de antenas de rádio e TV. Antigamente existia uma feira de artesanato e malhas, que foi transferida para a cidade. Não vi mais lixo como falavam. No dia que estive não dava para ver nenhuma das 15 cidades do Vale do Paraíba, como anunciado, mas apenas uma imensidão de nuvens, que parecíamos estar em um avião ou no céu.

Pico do Imbiri: É perto da Gruta dos Crioulos, mas exige um veículo 4 x 4 para encarar a subida de terreno bastante acidentado, mas recompensado por uma vista incrível de toda a cidade de Campos do Jordão e da pedra do Baú. Tem até um deck de madeira para circundar o local e tirar belas fotos. Além disso, não apresenta nenhuma infraestrutura.  

  

Gruta dos Crioulos: fica próximo ao Pico do Imbiri e tem acesso mediano e gratuito. Sempre tive curiosidade em conhecer este local, mas nem imaginava como era de fato. Na realidade mistura história e natureza. Trata-se de um espaço que servia de esconderijo para escravos fugidos de fazendas próximas. Por outro lado, está em meio à natureza e tem ar de mistério. Está totalmente abandonado, com pichações e sujeira. Há apenas um boteco bem simplório na localidade. Porém, é possível tirar fotos legais e sentir um clima diferenciado.  .

 

 

Fondue no Restaurante Krokodilo - Simplesmente amei o rodizio de fondue deste local. É muito mais completo que os demais, pois possui além do queijo e do chocolate, que são tradicionais, o de carne possui filé mignon, frango, linguiça e coração. Além disso, acompanha batatas fritas, pastéis e legumes. O ambiente é bem romântico e aconchegante e o atendimento é ágil e cortês. O preço é um dos melhores da cidade: R$ 68,90 por pessoa. Vale muito a pena.

Recomendo como opções baratas para refeições "Pizza ao Quadrado" (onde são vendidas por pedaços neste formato geométrico) e o "Pastel do Maluf", que não cheguei a experimentar devido às enormes filas, mas ouvi bons comentários a respeito.

Tive também a oportunidade de conhecer o Tênis Clube, onde fui agraciada por assistir partidas de um torneio internacional de forma totalmente gratuita e usufruir de refeições, lanches e bebidas com preços bem acessíveis. Foi realmente muito bacana.    

Portanto, pode-se perceber que existem muitas atrações na cidade e no seu entorno. Há ainda outras atividades para serem realizadas, para todos os perfis, gostos e bolsos. Vale muito a pena !