Afinal, o que pode ser considerado um Produto Turístico ?
Muitos pensam que Produto Turístico pode ser um roteiro, um bilhete aéreo, uma hospedagem em um hotel ou até um souvenir (lembrança típica de um lugar) ... mas será que é um apenas destes itens ?
Na verdade, o Produto Turístico é um conjunto de todos estes elementos. É o que constitui um DESTINO como um todo, desde os atrativos ou atrações turísticas (que podem ser do tipo naturais, histórico-culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, realizações e técnicas e científicas contemporâneas - de acordo com o Modelo do Inventário Turístico da EMBRATUR) e a infraestrutura, que pode ser: básica - aquele voltada para os autóctones ou comunidade local, como sistemas de água, eletricidade, saneamento, educação, moradia, saúde, segurança e transporte) ou turística - direcionada para os visitantes (como meios de hospedagem, agências de viagens e operadoras turísticas, centrais de informações turísticas, guias de turismo, sinalização turística, dentre outros itens específicos para turistas).
Cuidado para não confundir atrativo com infraestrutura turística (ou equipamentos ou serviços turísticos), um erro muito comum entre os alunos nas provas.
O Produto Turístico só pode ser considerado completo e adequado às necessidades e desejos se reunir com quantidade e qualidade as atrações e os dois tipos de infraestrutura. Seus componentes são complementares e interdependentes, ou seja, um completa e depende do outro. Não adianta ter um belo atrativo se o mesmo não possui adequadas condições de visitação.
Ele possui determinadas características singulares, como: é de fato um bem tangível e intangível, ou seja, tem o seu lado material e concreto (paisagens, transportes, hotéis) mas o que vale é a experiência prática no local. Não existe Turismo Virtual. A Web serve para nos auxiliar na pesquisa do que visitar e o que encontrar em termos de facilidades no local, mas nunca irá substituir a vivência ao vivo e a cores. Por isso, precisa da presença da clientela no local de produção. Isto significa que é o turismo quem se desloca e não o destino que vem até ele, o que parece piada e um desejo de consumo de muitos, ao contrário de muitos produtos que podem ser comprados no comércio eletrônico e entregues na casa do cliente.
A sua produção é simultânea ao seu consumo, o que significa que ao mesmo tempo e lugar em que o prestador de serviço está executando seu trabalho para o turista, este o está usufruindo. Por este motivo, a avaliação da experiência como um todo só poderá ocorrer posteriormente ao retorno ao local de origem.
Por outro lado, não pode ser estocado como um bem essencialmente material. Precisa ser vivido no momento, não dá para guardar como um alimento não perecível para outro dia. Por isso é que digo que "é preciso matar um leão por dia no Turismo". Cada dia é uma nova batalha. Se um hotel não lotar em um dia não dá para compensar no seguinte, pois geraria overbooking.
É possível afirmar que de modo geral é muito difícil se alcançar a perfeição em um roteiro turístico, seja feito de forma individual ou organizada, já que os serviços são prestados de forma irregular. O que quero dizer é que a mão de obra raramente é homogênea, pois são muitos prestadores de serviço na cadeia produtiva do turismo e os funcionários são diferentes, tanto pessoal quanto profissionalmente, as cmpresas divergem muito quanto a tipos e graus de treinamento e as exigências dos turistas também são diferenciadas. Porém, é um desafio a se buscar constantemente.
Outro fator que interfere muito na atividade turística diz respeito à sazonalidade, ou seja, os períodos de alta e baixa estação ou temporada. Há excesso de visitantes e atividades em determinadas épocas, o que resulta em valores mais altos, congestionamentos, filas, falta de produtos, dentre outros inconvenientes atrelados ao Turismo de Massa.
Como o produto turístico depende diretamente das expectativas da demanda, ou seja, do turista, é preciso se precaver a todo momento, pois o visitante é instável e heterogêneo, o que significa que pode resolver viajar de última hora e também desistir por vários motivos e nem sempre avisa as empresas a respeito, além de ser constituído por pessoas dos mais diferentes perfis, o que configura a questão da segmentação, já abordada neste Blog.
É importante destacar que o produto turístico tem seus diferenciais, cada destinação possui seus tipos de turismo, é reconhecida por determinadas atividades ou atrações. Mudar tal caracterização e imagem perante o grande público não é fácil nem acontece do dia para a noite.
Por isso, é importante que se reconheça que o destino turístico passa por várias fases, o que se denomina "ciclo de vida do produto turístico". São 6 estágios, a saber: 1) - introdução ou prospecção mercadológica, o que corresponde ao período de planejamento para a formatação do produto; - 2) crescimento e desenvolvimento, que envolve a expansão e a melhoria, respectivamente, da localidade, pois podem aumentar o número de meios de hospedagem, restaurantes e agências de viagens, mas não de maneira sustentável e qualitativa; 3 ) consolidação o umaturidade - fase mais desejada, porém a mais perigosa, pois facilmente pode se cair em uma "zona de conforto" pelo alcance do auge em termos de imagem, divulgação na mídia, número de visitantes e infraestutura adequada, decaindo no atendimento e na manutenção dos atrativos; - 4) declínio, o que significa uma pequena queda ou decadência no fluxo turístico por algum ou vários motivos, como aumento do número de concorrentes; - 5) estagnação, quando a "morte" como atratividade parece próxima, já que as atrações não são consideradas tão interessantes e visitadas e os estabelecimentos e seus proprietários estão tendo prejuízos com baixa ocupação; - 6) revitalização - como os destinos são lugares e não pessoas, possuem uma sobrevida, podem resurgir, por meio de estratégias de rejuvenescimento, como novos atrativos, melhoria das facilidades e vias de acesso, maior divulgação, parcerias influentes ...
Constituir um PRODUTO TURÍSTICO é algo extremamente complexo, depende de muitos profissionais e organismos e para se manter no topo, muitas práticas sustentáveis e estratégias de marketing.
Na verdade, o Produto Turístico é um conjunto de todos estes elementos. É o que constitui um DESTINO como um todo, desde os atrativos ou atrações turísticas (que podem ser do tipo naturais, histórico-culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, realizações e técnicas e científicas contemporâneas - de acordo com o Modelo do Inventário Turístico da EMBRATUR) e a infraestrutura, que pode ser: básica - aquele voltada para os autóctones ou comunidade local, como sistemas de água, eletricidade, saneamento, educação, moradia, saúde, segurança e transporte) ou turística - direcionada para os visitantes (como meios de hospedagem, agências de viagens e operadoras turísticas, centrais de informações turísticas, guias de turismo, sinalização turística, dentre outros itens específicos para turistas).
Cuidado para não confundir atrativo com infraestrutura turística (ou equipamentos ou serviços turísticos), um erro muito comum entre os alunos nas provas.
O Produto Turístico só pode ser considerado completo e adequado às necessidades e desejos se reunir com quantidade e qualidade as atrações e os dois tipos de infraestrutura. Seus componentes são complementares e interdependentes, ou seja, um completa e depende do outro. Não adianta ter um belo atrativo se o mesmo não possui adequadas condições de visitação.
Ele possui determinadas características singulares, como: é de fato um bem tangível e intangível, ou seja, tem o seu lado material e concreto (paisagens, transportes, hotéis) mas o que vale é a experiência prática no local. Não existe Turismo Virtual. A Web serve para nos auxiliar na pesquisa do que visitar e o que encontrar em termos de facilidades no local, mas nunca irá substituir a vivência ao vivo e a cores. Por isso, precisa da presença da clientela no local de produção. Isto significa que é o turismo quem se desloca e não o destino que vem até ele, o que parece piada e um desejo de consumo de muitos, ao contrário de muitos produtos que podem ser comprados no comércio eletrônico e entregues na casa do cliente.
A sua produção é simultânea ao seu consumo, o que significa que ao mesmo tempo e lugar em que o prestador de serviço está executando seu trabalho para o turista, este o está usufruindo. Por este motivo, a avaliação da experiência como um todo só poderá ocorrer posteriormente ao retorno ao local de origem.
Por outro lado, não pode ser estocado como um bem essencialmente material. Precisa ser vivido no momento, não dá para guardar como um alimento não perecível para outro dia. Por isso é que digo que "é preciso matar um leão por dia no Turismo". Cada dia é uma nova batalha. Se um hotel não lotar em um dia não dá para compensar no seguinte, pois geraria overbooking.
É possível afirmar que de modo geral é muito difícil se alcançar a perfeição em um roteiro turístico, seja feito de forma individual ou organizada, já que os serviços são prestados de forma irregular. O que quero dizer é que a mão de obra raramente é homogênea, pois são muitos prestadores de serviço na cadeia produtiva do turismo e os funcionários são diferentes, tanto pessoal quanto profissionalmente, as cmpresas divergem muito quanto a tipos e graus de treinamento e as exigências dos turistas também são diferenciadas. Porém, é um desafio a se buscar constantemente.
Outro fator que interfere muito na atividade turística diz respeito à sazonalidade, ou seja, os períodos de alta e baixa estação ou temporada. Há excesso de visitantes e atividades em determinadas épocas, o que resulta em valores mais altos, congestionamentos, filas, falta de produtos, dentre outros inconvenientes atrelados ao Turismo de Massa.
Como o produto turístico depende diretamente das expectativas da demanda, ou seja, do turista, é preciso se precaver a todo momento, pois o visitante é instável e heterogêneo, o que significa que pode resolver viajar de última hora e também desistir por vários motivos e nem sempre avisa as empresas a respeito, além de ser constituído por pessoas dos mais diferentes perfis, o que configura a questão da segmentação, já abordada neste Blog.
É importante destacar que o produto turístico tem seus diferenciais, cada destinação possui seus tipos de turismo, é reconhecida por determinadas atividades ou atrações. Mudar tal caracterização e imagem perante o grande público não é fácil nem acontece do dia para a noite.
Por isso, é importante que se reconheça que o destino turístico passa por várias fases, o que se denomina "ciclo de vida do produto turístico". São 6 estágios, a saber: 1) - introdução ou prospecção mercadológica, o que corresponde ao período de planejamento para a formatação do produto; - 2) crescimento e desenvolvimento, que envolve a expansão e a melhoria, respectivamente, da localidade, pois podem aumentar o número de meios de hospedagem, restaurantes e agências de viagens, mas não de maneira sustentável e qualitativa; 3 ) consolidação o umaturidade - fase mais desejada, porém a mais perigosa, pois facilmente pode se cair em uma "zona de conforto" pelo alcance do auge em termos de imagem, divulgação na mídia, número de visitantes e infraestutura adequada, decaindo no atendimento e na manutenção dos atrativos; - 4) declínio, o que significa uma pequena queda ou decadência no fluxo turístico por algum ou vários motivos, como aumento do número de concorrentes; - 5) estagnação, quando a "morte" como atratividade parece próxima, já que as atrações não são consideradas tão interessantes e visitadas e os estabelecimentos e seus proprietários estão tendo prejuízos com baixa ocupação; - 6) revitalização - como os destinos são lugares e não pessoas, possuem uma sobrevida, podem resurgir, por meio de estratégias de rejuvenescimento, como novos atrativos, melhoria das facilidades e vias de acesso, maior divulgação, parcerias influentes ...
Constituir um PRODUTO TURÍSTICO é algo extremamente complexo, depende de muitos profissionais e organismos e para se manter no topo, muitas práticas sustentáveis e estratégias de marketing.
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