Templo Zulai: Analogias entre tipos de Turismo e Religiões
Na minha opinião nenhuma pessoa poderia ser preconceituosa, muito menos o turista que se predispõe a visitar um novo lugar. Caso se tenha alguns estereótipos negativos, é melhor nem se deslocar, pois a atividade turística deve, antes de tudo, valorizar a cultura dos autóctones (comunidade local), não somente admirar as paisagens dos destinos.
Como abordei no post anterior acerca do Turismo Religioso em Aparecida, agora vou apresentar as minhas impressões e similaridades entre tipos de Turismo e de Religiões na visita feita ao Templo Zulai, localizado em Cotia (SP), a apenas 40 minutos da capital paulistana aproximadamente.
A visita foi organizada pelo Grupo Escoteiro Maria Imaculada, do qual minha filha faz parte e, no papel de mãe de apoio, necessito acompanha-la em algumas atividades. Cabe destacar e também a título de divulgação (olha meu lado marqueteiro) do Movimento Internacional, esclarecer que o Escotismo visa a formação integral do ser humano, com seu desenvolvimento pleno e valorização de suas habilidades, competências e progressões. É possível ingressar no mesmo a partir dos 6 anos e meio quando a criança se torna um "lobinho" dentro de uma Alcateia, evoluindo para o "escoteiro" dentro de uma Tropa Escoteira a partir dos 10 anos e meio e assim por diante.
Com a filosofia do amor e o respeito à Deus, ao próximo e à Pátria, vai muito além de uma simples recreação e uso do tempo livre, como alguns imaginam, ou apenas para se aprender a fazer fogo em um acampamento. Dentro da perspectiva de conhecimento e progressão encontra-se a necessidade de vivenciar outras realidades e culturas, respeitando a diversidade. Por estes motivos, foi escolhido o Templo Budista Zulai para uma atividade de dia inteiro, interagindo inclusive com outro Grupo Escoteiro que possui sua sede ao lado do Templo.
O acesso ao local custa apenas R$ 5 por pessoa. Para grupos superiores a 15 pessoas é possível marcar uma visita monitorada com um voluntário, considerando que os monges locais não atendem ao público e pouco falam a Língua Portuguesa. Esta visita é essencial, como no caso do Turismo organizado, que exige a contratação de um guia de turismo local, pois este irá transmitir as informações essenciais e as curiosidades ao público visitante, transcendendo uma simples contemplação do local. No nosso caso fomos privilegiados com o "monitor" Waldir, que além de extremamente carismático, consegui unos transmitir inúmeros ensinamentos, que me emocionaram bastante, pois confesso que pouco sabia a respeito do Budismo.
A visita foi organizada pelo Grupo Escoteiro Maria Imaculada, do qual minha filha faz parte e, no papel de mãe de apoio, necessito acompanha-la em algumas atividades. Cabe destacar e também a título de divulgação (olha meu lado marqueteiro) do Movimento Internacional, esclarecer que o Escotismo visa a formação integral do ser humano, com seu desenvolvimento pleno e valorização de suas habilidades, competências e progressões. É possível ingressar no mesmo a partir dos 6 anos e meio quando a criança se torna um "lobinho" dentro de uma Alcateia, evoluindo para o "escoteiro" dentro de uma Tropa Escoteira a partir dos 10 anos e meio e assim por diante.
Com a filosofia do amor e o respeito à Deus, ao próximo e à Pátria, vai muito além de uma simples recreação e uso do tempo livre, como alguns imaginam, ou apenas para se aprender a fazer fogo em um acampamento. Dentro da perspectiva de conhecimento e progressão encontra-se a necessidade de vivenciar outras realidades e culturas, respeitando a diversidade. Por estes motivos, foi escolhido o Templo Budista Zulai para uma atividade de dia inteiro, interagindo inclusive com outro Grupo Escoteiro que possui sua sede ao lado do Templo.
O acesso ao local custa apenas R$ 5 por pessoa. Para grupos superiores a 15 pessoas é possível marcar uma visita monitorada com um voluntário, considerando que os monges locais não atendem ao público e pouco falam a Língua Portuguesa. Esta visita é essencial, como no caso do Turismo organizado, que exige a contratação de um guia de turismo local, pois este irá transmitir as informações essenciais e as curiosidades ao público visitante, transcendendo uma simples contemplação do local. No nosso caso fomos privilegiados com o "monitor" Waldir, que além de extremamente carismático, consegui unos transmitir inúmeros ensinamentos, que me emocionaram bastante, pois confesso que pouco sabia a respeito do Budismo.
Muitos imaginam o Buda como na imagem abaixo, mas na realidade a primeira figura desta matéria é que constitui a verdadeira.
Será que todas as pessoas que visitam este atrativo são budistas de fato ou são movidos pela crença e devoção à Buda ? Se pertenço à outra religião, como meu caso, que sou católica atuante, quais outros motivos teria para conhecer tal atração ?
As razões para a visitação podem ser as mais diversas, desde o conhecimento do Budismo como religião ou filosofia de vida, a apreciação da arquitetura chinesa, da atmosfera do local, da gastronomia ou de uma simples contemplação da Mata Atlântica, com uma paisagem que inclui um lago com carpas e tartarugas, além de um bosque com vários macaquinhos. É possível também ter aulas de meditação e praticar tai chi chuan, além de realizar diversos tipos de cursos.
Desta forma, qual tipologia de Turismo se estaria praticando ? Depende do interesse do visitante. Se ele foi até o local motivado por sua fé e prática budista estamos tratando de Turismo Religioso, sobretudo quando se acredita no espaço como sagrado. No entanto, conforme os interesses acima descritos pode-se considerar um Turismo Arquitetônico, Histórico, Cultural, de Lazer, Esotérico, Místico, enfim, diversificadas terminologias da oferta turística. Em grande parte dos casos, dois ou mais fatores estão envolvidos no deslocamento até o atrativo.
É relevante salientar que para um cristão protestante ou evangélico que não adora ou cultua nenhuma forma de materialização de um santo ou deus no formato de imagens, seguramente a visita não seria aceita. É preciso ter respeito ao local e reverenciar Buda, da mesma forma que um visitante que se disponha a conhecer uma mesquita muçulmana terá que se ajoelhar e observar o uso de véus para as mulheres.
Além da infraestrutura citada acima, existe um restaurante e uma lanchonete no local, ambos vegetarianos. Adorei o almoço a R$ 30 por adulto e R$ 22 para crianças até 8 anos. Realmente é variado e muito saboroso. Se eu que adoro carnes, aves, peixes e frutos do mar estou dizendo isso, podem confiar ... Para as crianças eu não recomendo porque em geral elas não estão acostumadas com este paladar e o valor não valeria a pena pelo pouco consumo. Seria mais adequado um lanche na cafeteria, que possui opções como pão de queijo e os deliciosos tipos de pães fabricados no local. Não se pode deixar de comprar. Detalhe importante: não aceitam cartões de crédito, mas sim cheques ! Logo, leve dinheiro em espécie. O mesmo vale para a loja do espaço, com livros, peças de artesanato e de decoração. Nos ambientes fechados como estes não é permitida que sejam tomadas fotos ou realizadas filmagens. Já nos espaços abertos não há nenhuma proibição, como no playground, onde as crianças se divertiram bastante não só nos brinquedos, mas apanhando amoras das árvores.
De modo genérico, costuma-se mencionar que "todas as religiões conduzem a um ser sagrado ou à prática do bem". No meu ponto de vista os ensinamentos budistas são simples e complexos ao mesmo tempo.
Uma comparação direta dos 5 preceitos do Budismo com os 10 mandamentos do Catolicismo pode sugerir ensinamentos ou regras em comum em 4 deles. Não matar (5º mandamento); Não roubar (7º mandamento) : Não mentir (8º mandamento): Não ter má conduta sexual (6º mandamento) e Não se entorpecer com álcool ou drogas.
A busca pela iluminação total ou o "nirvana" envolve a prática de boas ações e de se alcançar méritos pelas boas ações e palavras. Neste aspecto, pude fazer uma analogia com a essência do Escotismo, que valoriza o desenvolvimento humano de forma holística e estimula um aperfeiçoamento constante.
Também aprendi que os três principais "venenos" que tiram o homem do caminho da felicidade são: ganância, raiva (ira ou ódio) e ignorância. Na Igreja Católica e justamente na Paróquia onde frequento o Patrono é Santo Agostinho, que pregava que o objetivo do ser humano é ser feliz e a forma de alcançar este estado é por meio da busca da santificação. Esta forma de alcançar a purificação pode encontrar algo comum no objetivo da iluminação. Aliás, antes de encontrar este caminho o Buda era um príncipe que gozava de boa vida, da mesma forma que antes de se tornar Bispo Agostinho tinha uma condição social satisfatória.
Segundo os budistas nossa vida é constituída de "impermanências", já que nada fica do jeito o que está nesse momento. Por isso é preciso aceitar os sofrimentos. Não adianta lamentar do que deu errado no passado ou não foi como gostaríamos, nem ficar angustiado com o que pode vir a ser o futuro. É necessário que façamos o melhor no presente.
Aprendemos também que a Meditação não é exclusiva do Budismo e existem diversas formas de praticá-la, não apenas sentados ou recitando mantras. Tivemos um pequeno momento de meditação, que foi bastante interessante.
Enfim, é um lugar rico de beleza natural e cultural. A visita vale muito a pena.
Como hoje em dia está cada vez mais em voga a máxima do respeito à diversidade em todos os níveis, vamos praticá-la no nosso cotidiano e conhecer melhor outras culturas e crenças. Não significa renegar sua fé, mas enxergar que aprender sobre diferentes modos de ser, viver e pensar apenas agrega valor.
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