Natal: uma bela e barata capital nordestina que deve ser visitada

Já estive em outras duas ocasiões em Natal, mas desta vez diferente, pois viajei com minha família e em condições que me beneficiaram: milhas para usar, um flat para se hospedar e um carro para passear. A primeira vez foi um passeio quando solteira há 20 anos quando trabalhava na CVC  com paradas em várias cidades nordestinas. A segunda ocasião decorreu por conta da apresentação de trabalho em um Seminário de Turismo há 7 anos atrás como docente e pesquisadora.
Senti na pele como cada destino se revela de maneiras distintas  segundo nossas companhias, época da viagem (sazonalidade), facilidades, seu ciclo de vida, equipamentos utilizados e atrativos visitados.
Estive no feriado de Corpus Christi de junho deste ano e achei que o destino não estava tão lotado de turistas e os preços eram muito mais convidativos que da minha "cidade natal", Santos, onde costumo frequentar suas praias.
 
Uma excelente localização é a Praia de Ponta Negra, pois se tem diversas opções de restaurantes e lojas, enfim, comércio e facilidade de acesso a outros locais.
Para tomar café da manhã há uma padaria Low Cost, em que para se ter uma ideia um café com leite grande custa apenas R$ 1,50. Você tem várias opções para um bom café da manhã e até refeições o dia todo com preços bastante acessíveis.


Um dia na Praia de Ponta Negra, com vista para o Morro do Careca, fechado para visitação há muitos anos, é realmente delicioso. O mar é limpo e vai invadindo a areia aos poucos. É possível usufruir tanto como single, casais ou filhos.
Pagar R$ 10 pelo dia para ficar em um quiosque confortável com um grande guarda sol, cadeiras e espreguiçadeiras e serviço de praia vale muito a pena.
O tempo inteiro estão lhe oferecendo opções de alimentos e bebidas com preços muito camaradas, com metade dos preços de outras praias, como caipirinha de vodca e crepe de camarões com catupiry  a R$ 10,  milho e queijo coalho por R$ 2,50 e até picolés a R$ 1 !
Pude perceber que mesmo sendo turista e nos próprios locais de atração não há exploração dos visitantes, como o preço da água, que era o mesmo praticamente a R$ 2.
 
Revisitei atrativos turísticos tradicionais, como o passeio de buggy nas dunas fixas e móveis da praia de Genipabu (com muita emoção). Com uma boa negociação pode-se conseguir um buggy por R$ 150 (para 4 pessoas), mas existe uma taxa que deve ser paga diretamente nas dunas  de R$ 10,00 por pessoa referente à uma nova lei para preservação do espaço.


Há também o passeio de dromedário, que eu gostaria de fazer, mas achei extremamente caro: em torno de R$ 50 por pessoa por apenas 15 minutos ! Sendo assim, optamos mesmo pelo passeio de jegue por R$ 15 por 10 minutos.




Voltei à um local histórico : o Forte dos Reis Magos, uma construção antiga com riqueza histórica com visual bem interessante do mar. Porém, falta monitoria e material explicativo, melhor estrutura de alimentos e bebidas e venda de souvenires. De modo geral, precisa de melhores condições de conservação para a visitação turística.






Porém, busquei conhecer novas atrações, como a recomendada por autóctones Praia de Camurupim no município de Nísia Floresta, distante cerca de 30 minutos da cidade de Natal no Litoral Sul, que se trata de uma praia frequentada e indicada por moradores de Natal. É um belo convite para curtir suas piscinas naturais e aproveitar seu restaurante "Flutuante do Mar"  com bons pratos e custo x benefício.




No caminho para outras praias no Litoral Sul encontra-se a Barreira do Inferno, que se trata de uma base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes. Fundada em 1965, tornou-se a primeira base aérea de foguetes da América do Sul.
 
 
 
 
Logo a seguir na região de Pirangi encontra-se o famoso "maior cajueiro do mundo", com um pequeno centro de visitação e de venda de artesanato.


Outro local pouco divulgado é Lagoa do Carcará, que é muito relaxante e inusitado. Diferente de água salgada, texturas de azul, verde e branco cristalinos sem grudar na pele. Há serviço de restaurantes com grandes guarda sóis e espreguiçadeiras, além de pedalinhos e stand up paddles para alugar. Delícia de experiência ! Fui indicada por um guia de turismo local.

                       
No que tange á parte de alimentação, destaco o Restaurante "Camarões", que é uma referência local. Como não se expandiu para outras cidades, como o caso do "Coco Bambu", mantém  atendimento impecável e, sobretudo excepcional gastronomia com valores totalmente honestos. Para se ter uma ideia, a princípio, um prato de R$ 100 pode parecer caro, mas serve de forma generosa 4 pessoas. Vale mesmo a fila de espera.
 
 
Também destaco uma pizzaria com ambientação e sabores exóticos: a Cipó Brasil, na região da Praia de Ponta Negra, próxima ao famoso Hostel "Lua Cheia".
 
 
 
 
Não posso deixar de relatar sobre a viagem de retorno, fazendo uma analogia entre duas companhias aéreas: Gol e Avianca. Enquanto minha família retornou pela primeira em função das milhas, eu voltei pela outra. A primeira era uma empresa low cost low fare, a princípio, porém se transformou em uma das mais caras ! O valor pago foi quase três vezes mais caro. Inclusive o próprio trecho da Gol foi mais longo que da Avianca.
 
A Gol não ofereceu um único serviço de bordo, apenas água, se solicitado, ao passo que a Avianca ofertou um gostoso lanche (em outras ocasiões já comi empanadas fantásticas com esta mesma cia aérea).
 
Não houve nenhuma informação do percurso, como distância, temperatura, horário estimado de chegada na primeira companhia, enquanto a outra sempre informava por meio de televisores e do próprio comandante os dados do voo.


Enfim, é um destino que oferece muitas opções de passeios, tanto na capital, quanto no Litoral Sul e Norte para se usufruir mais de uma semana, com excelente infraestrutura de serviços turísticos preços justos, podendo ser conhecida em qualquer época do ano.  
  
 


 



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