Prós e contras das Mídias na Atualidade


Vivemos uma época de muitas discussões em torno das mídias com muitos palpites sobre a extinção de alguns desses meios de comunicação de massa, sobretudo os mais tradicionais, como os impressos jornal e revista, readaptação da TV e da rádio para outros formatos, numa convergência de todos esses canais para a Internet.

Será que de fato o e-book vai substituir totalmente o livro tangível e portátil ? As bibliotecas se transformarão em museus ? A Web vai  congregar todos os MCMs  ?

Há décadas atrás também se imaginava que o vídeo cassete iria destruir o cinema, mas mesmo com a mudança para DVD e Blue Ray e os modernos home theaters a “sétima arte” continua encantando muitas pessoas, algumas inclusive que pagam um “preço prêmio” para desfrutar de mordomias  como poltronas mais confortáveis, comidas e bebidas diferenciadas até com serviço de garçom.

A verdade é que cada mídia possui seus prós e contras de modo geral e cada uma é mais ou menos utilizada para determinada área de atuação ou conhecimento.

A princípio, é importante distinguir os significados de  mídia (tendo como sinônimos “MCM” ou meio de comunicação de massa ou canal) que se referem aos principais como TV, Rádio, Jornal, Revista e Internet, tendo os seus respectivos veículos, como os agentes emissores ou empresas representativas.

Como exemplos pode-se citar a mídia TV e seu veículo a Rede Globo, sendo fundamental a definição específica da empresa em um trabalho de comunicação, pois apenas mencionar o canal torna-se algo muito amplo.

A “TV”, por exemplo, é considerada, uma das mídias mais conhecidas e massivas, com longo alcance e audiência, sobretudo nos  veículos abertos. No entanto, possui o mais alto custo de veiculação, seja de anúncios em comerciais ou em merchandising em novelas e filmes, que mostram produtos e serviços dos mais variados inseridos em  outros contextos. Dependendo da emissora e do horário (se for o considerado como “nobre”) o valor da propaganda é extremamente elevado.

Por este motivo é preciso verificar se a empresa anunciante além de possuir o capital   exigido, possui expertise e infraestrutura necessária para atender satisfatoriamente toda a demanda que possa ser gerada devido ao imenso alcance, nacional e até internacional. Para negócios em processo inicial nem pensar ...

Já a “rádio” pode ter sua importância analisada de acordo com tamanho da cidade a que pertence. No caso de São Paulo é fundamental para indicar os melhores caminhos no trânsito caótico se o motorista não possui Waze ou perdeu o sinal, acabou a bateria do smarthphone ... Para um município pequeno com poucos habitantes pode tornar-se essencial para divulgar o comércio local e até comunicar o nascimento ou falecimento de algum morador. 

Sem dúvida o principal pecado da rádio é a ausência de imagens. Por este motivo é preciso compensar o ouvinte com notícias interessantes, uma boa música ou uma voz atraente  de um locutor.

Nas partidas de futebol é comum que torcedores estejam com seus aparelhos nos ouvidos mesmo nos estádios para ouvirem os comentaristas e até entenderem os lances. A emoção é sempre garantida.

Em muitas estações é comum a ocorrência de concursos e em outras entrevistas com diversas personalidades, não só da área musical, com opiniões e a participação ao vivo do público.

Não se pode esquecer do episódio do “apagão” que ocorreu no Brasil em 2009 em que a mídia rádio foi a única que noticiou o que estava acontecendo para a maioria da população.

Quanto às mídias impressas o “jornal” é tido como um dos dinossauros da comunicação, sendo lido por poucos, sendo a maioria de seu público de mais avançada  faixa etária e alguns de alta renda, como diretores de empresas, que são os principais assinantes deste canal.

Embora muitos jornais estejam fechando as portas e migrando quase todo seu conteúdo para a Internet, os mais famosos em âmbito mundial se mantêm pela sua credibilidade, construída por seus editores chefes e colunistas, muitos que escrevem diariamente nos cadernos de diversos segmentos de interesse.

Tal meio já foi mais consumido e consultado em função do interesse pela compra de carros e  imóveis e pela  busca de empregos, mas atualmente muitos dos “tijolinhos” ou pequenos anúncios pagos se referem à divulgação de falecimentos, falências e proclamas de casamentos.  

A dificuldade de escrever notícias  inéditas a cada dia e muitas vezes em rápida velocidade para circular logo cedo nas principais bancas e livrarias do país tem resultado em correria dos profissionais nas sedes das editoras para se tornar fato velho muito rápido, já no dia seguinte, provavelmente servindo como papel para forrar a casa que será pintada ou até a gaiola do passarinho ou papagaio.

Não se pode negar que as manchetes dos jornais ainda atraem os transeuntes e que os motoristas não deixem de ler as breves matérias dos principais  fatos do país e do mundo por meio da distribuição das  gazetas.

Não há como negar que o tipo  e o tamanho de papel do jornal não são adequados devido à falta de praticidade e sustentabilidade e, mesmo nos anúncios com imagens em cores, com valores extremamente exorbitantes para determinados dias e veículos mais conhecidos e lidos, ainda não consegue atrair tanto quanto a revista.

A magazine ou revista, por sua vez, é caracterizada por sua  destacada segmentação nos mais diversos nichos de interesse, chamando a atenção do consumidor tanto por suas capas e imagens coloridas e de alta qualidade, quanto sobretudo pela profundidade no conteúdo.

Mesmo que também esteja ocorrendo sua transição para a Web ainda possui assinantes fieis ou colecionadores, em especial nas edições de eventos únicos. Percebe-se que muitos salões de beleza e consultores médicos e dentários já estão deixando de comprar os exemplares em função da existência de Wi fi nas instalações e maior preferência das clientes pelos celulares.

Para a investigação científica  os jornais e as revistas cumprem fundamental papel na documentação dos fatos e conferem maior idoneidade às notícias, embora haja controvérsia que muitos veículos sejam tendenciosos e tentem manipular a população em geral.

Caso um pesquisador apresente como fonte de pesquisa um jornal ou uma revista alcança maior credibilidade no meio acadêmico do que a Internet, onde terá que navegar bastante para compilar os dados em sites e portais considerados confiáveis.  No caso do jornal , cujo papel se deteriora mais rápida e facilmente, torna-se essencial procurar as edições em bibliotecas que possuam o sistema de microfilmagem.

Quanto à “supermídia” Internet,  é preciso considerar que é um universo, incluindo   websites, portais, blogs, comunidades, redes sociais digitais e muito mais.

Sem dúvida que é possível acessar conteúdos de várias mídias do passado e online e por este motivo com tantas informações à disposição, muitas pessoas não conseguem ficar distantes desta mídia por um dia sequer.

Estima-se que mais da metade da população brasileira tenha acesso à Internet de alguma forma e a utilizam para diversos fins, desde notícias, pesquisas até entretenimento.

Porém, a facilidade e a rapidez de acesso a dados ilimitados em termos mundiais, pode acarretar em limites de privacidade. Hoje pessoas físicas e jurídicas não estão 100% seguras quanto  ao vazamento de informações e postagem de textos, fotos ou vídeos falsos, o que pode comprometer a imagem e a marca pessoais ou organizacionais.

Por mais que as empresas e os cidadãos comuns tentem controlar os dados que inserem no mundo digital, não podem supervisionar nem impedir que pessoas mal intencionadas incluam mentiras que manchem sua reputação. Mesmo que se identifique os falsários e se retire do ar, muitos já o acessaram e podem ter guardado tudo em seus dispositivos individuais.

Para se conseguir empregos ou se manter em seus  trabalhos  os indivíduos devem tomar o máximo cuidado com suas postagens, pois podem  lhe comprometer seriamente, não só naquela ocasião, mas por muito mais tempo. Deixar rastros de onde se está ou não no momento pode dar pistas para marginais sequestrarem a pessoa ou invadirem suas casas.

A comunicação pode ter sido facilitada pelos chats, mas em contrapartida a Língua Portuguesa sofre com os erros gramaticais e abreviações. No momento de se enviar um e-mail profissional é preciso cautela redobrada.

Muitos indivíduos conversam com amigos e parentes distantes pelo Messenger ou Skype, por exemplo e isto encurta as distâncias. Entretanto, também conversam com pessoas próximas ao invés de encontrá-las pessoalmente. Em muitas reuniões de negócios ou reencontros de colegas de escola o smartphone   substitui a saudade e as conversas ao vivo e em cores.

Por outro lado, não adianta ter muitos amigos virtuais e que pouco se encontram e fazem programas pessoalmente. Há pessoas, inclusive, que compram perfis falsos para aumentar o número de seguidores e se sentirem famosas como celebridades no “Twitter”.  Será que não vale mais ter poucos e bons amigos e clientes e manter uma relação duradoura com eles ?

Nos bons blogs, escritos por quem entende do assunto selecionado e possui um Português correto, pode-se encontrar informações reunidas sobre um tema. Isto tem se tornado vantajoso para as pesquisas em geral, pois a Internet de certa maneira contribui para atrofiar o cérebro, estabelecendo uma preguiça mental de guardar dados, já que se pode encontra-los facilmente, porém de forma segmentada e nem sempre crível.  

Hoje o analista de mídias sociais é um dos profissionais mais  requisitados pelas empresas, pois o ditado “falem mal, mas falem de mal” não tem mais validade. É preciso detectar com rapidez as reclamações justas e/ou verdadeiras ou não pelos consumidores para tentar resolver a situação o quanto antes possível para não reduzir as vendas e a posição da organização em seu ramo de atuação.

Enfim, cada mídia tem seu lado bom e ruim e não dá para afirmar com exatidão se irão se extinguir ou ser substituídas por outras em pouco espaço de tempo. É ver para crer e procurar usufruir ao máximo dos diferencias de cada meio de comunicação lendo, ouvindo, assistindo, procurando aprender o máximo de bom conteúdo para crescer e desenvolver, tanto pessoal quanto profissionalmente.

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