Um Brasil depois da Copa do Mundo e ás vésperas das Eleições
Vivemos um ano repleto de incertezas.
Antes da Copa do Mundo a preocupação se o evento iria ou não dar certo, com todas as mais catastróficas previsões de que haveria um caos aéreo, manifestações grandiosas, ataques de grupos como os "black blocks", os estádios não ficariam prontos a tempo, enfim ... Não haveria Copa. Só que não: aconteceu e foi um evento que deu show em muitos jogos e, sobretudo, na hospitalidade do povo brasileiro.
Infelizmente, não ganhamos a taça tão sonhada por diversos fatores, como falta de organização, treinamento e até de craques. Além do vexame do histórico 7 x 1 contra a Alemanha, merecida campeã deste Megaevento, a abertura (mais que o encerramento) da competição não foi aquilo que esperávamos. Mas enfim ...
E agora ? Quais os legados que ficaram ? Gastos excessivos públicos em obras específicas como os estádios de futebol e outras de mobilidade urbana e transportes que não chegaram a ficar prontas.
Ainda é cedo para uma análise séria e profunda, pois carecemos de dados concretos. É preciso também esperar mais tempo para saber se a nossa imagem de fato melhorou e vamos aumentar o fluxo turístico nos próximos anos, tentar melhorar a posição do Brasil no ranking mundial.
O que restou para os autóctones (comunidade local), além dos pesados impostos das obras superfaturadas, necessárias ou não ?
Quem lucrou com o acontecimento realmente ? Em minha opinião houve excesso de voluntários e muitos profissionais da área de Hospitalidade, incluindo os diversos segmentos do Turismo e da Hotelaria, não ganharam o quanto estimavam ou nada. Como o comércio e a construção civil pararam. Medo, receio, dúvidas ...
O primeiro semestre foi marcado, principalmente próximo da Copa do Mundo, por muitos feriados, greves no transporte público e manifestações, que diminuíram ainda mais o consumo dos brasileiros. Isto sem contar que o dia da abertura do Mundial ocorreu justamente no Dia dos Namorados, em que as lojas, restaurantes e motéis mais costumam lucrar. Entretanto, muitos casais foram assistir ao jogo com amigos e familiares, deixando a comemoração para outro dia, talvez. Agora é bola para frente ... tentar se aprimorar para as Olimpíadas.
Porém, estamos em um período crítico de impasse porque não sabemos ainda quais os resultados da eleição que ocorrerá no próximo dia 5 de outubro.
Outro fato também mudou o rumo da votação: a morte de Eduardo Campos, que, a priori, não teria chance de disputa, mas agora sua vice, Marina Silva, sim.
Pelo menos é o que ditam as pesquisas dos famosos institutos. Podemos e/ou devemos confiar nas mesmas ? As amostras são significativas e pulverizadas geograficamente e entre as classes sociais ?
Quais as prioridades econômicas e sociais do "novo" governante do País ?
Será que a situação vai melhorar nas principais questões que afligem o povo brasileiro como saúde, educação e segurança ? Teremos mais empregos e oportunidades de trabalho para todos ?
A corrupção vai diminuir ? Será que vamos continuar com grupos de privilegiados tanto da classe alta quanto baixa por falcatruas e benefícios sociais, que "dão o peixe ao invés de ensinar a pescar" ?
Vamos pagar para ver. Temos que ter consciência, olhar para o passado, fazer uma análise profunda das propostas de governo e da idoneidade de cada candidato.
Se não "votarmos certo" novamente não haverá crescimento nem desenvolvimento.
Vamos torcer pelo nosso País e orar para que ele finalmente entre no rumo certo.
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